28 de abr. de 2011

Sobre parto e outras delícias...


Ao ler esse título alguém pode se perguntar o que as palavras "delícia" e "parto" fazem na mesma frase. Mas eu posso dizer com uma certa alegria que fico muito a vontade de começar esse post dessa maneira. Juntando parto e delícia para falar da minha alegria pelo lançamento do livro Parto com Amor. Esse livro foi escrito pela Luciana Benatti e traz fotos incríveis feitas pelo seu companheiro, Marcelo Min. Conhecemos esse casal em uma das reunioes do GAMA, em 2008, quando, grávidos do Théo e obstinados por um parto normal, eu e Glauber fomos em busca de informações. Lá conhecemos também as histórias de muitos casais que, assim como nós, queriam fugir daquela cesárea com data marcada para não atrapalhar o feriado do médico. Aliás, eu sempre achei estranho isso de dizer que o filho vai nascer num dia predeterminado. Também sempre me questionava o porquê de,  diferente das nossas antepassadas, as mulheres contemporâneas terem sido "desprogramadas" para o parto normal. Por todos os lados o que eu ouvia era que ninguém mais tinha dilatação, que a bacia da fulana era estreita, que beltrana não entrou em trabalho de parto, cicrana teve de fazer uma cesárea às pressas porque o bebê seria enforcado pelo cordão e por ai vai... Quando conheci o GAMA, compreendi que o que mascarava todas aquelas histórias às quais eu estava acostumada a ouvir era uma triste combinação de desinformação das pacientes (e em alguns casos, consentimento esclarecido em favor de cesárea) e falta de preparo (para não falar má fé, em muitos casos) dos médicos para acompanhar um parto normal. Tomei contato com mulheres e homens que resolveram ampliar seus próprios limites, rever seus conceitos e percorrer um caminho especial em busca de um parto humanizado. E com isso, muitos conquistaram o protagonismo pelos seus partos, oferecendo aos seus filhos um nascimento tranqüilo, harmonioso, respeitoso, sem intervenções desnecessárias, muitos deles realizados no aconchego dos seus lares. A isso chamamos parto humanizado.
E é de histórias assim que este livro trata. A idéia de fazer o livro surgiu a partir da experiência transformadora que Luciana e Marcelo tiveram com o nascimento do primeiro filho do casal. A partir daí eles reuniram histórias de outras mulheres que foram em busca do parto desejado, seja ele em casa, em um hospital público, privado ou em uma casa de parto.  Dentre elas, por uma dessas felizes coincidências da vida, está a nossa história, a história de nascimento do Théo. Além do precioso registro e da delícia de poder reviver o momento especial da chegada do meu filho, esse livro tem uma importância ainda maior, que me enche de alegria e orgulho. Ele representa um "turining-point" no debate sobre partos no Brasil e certamente irá contribuir para fortalecer o movimento pró humanização dos partos, para consolidar uma série de bons argumentos e derrubar mitos que sustentam essa cruel indústria de cesarianas desnecessárias. Além dessas razões, Parto com Amor também emociona, inspira e eu espero que ajude e orientar muitas mulheres a assumir as rédeas dos seus partos, fazendo desta experiência, não apenas um evento cirúrgico, mas a experiência mais intensa, profunda e reveladora que a maternidade pode oferecer a uma mulher.

16 de abr. de 2011

Théo 2 anos II

Além do delicioso piquenique que desfrutamos na companhia dos amigos queridos, vamos celebrar "oficialmente" o aniversário do Théo no dia 23. Escolhemos essa data porque o feriado prolongado vai favorecer a presença dos tios, avós e primos que moram longe (até a bisa está sendo esperada!).

 Assim como no ano passado, vamos comemorar o aniversário na pracinha do bairro, que é praticamente uma extensão da nossa casa. Vai ser uma festinha informal, tranquila, sem muitos descartáveis e sem muitas guloseimas (mas com comidinhas deliciosas e caseiras para acompanhar) para receber os amigos queridos e acima de tudo, para celebrar os dois anos de vida do menino. Aliás, depois do Théo eu me convenci de que o dia do aniversário não pode mesmo passar em branco. Temos que celebrar e agradecer a saúde do pequeno, os amigos que ele mesmo se encarrega de cativar (os pais de vários coleguinhas já viraram amigos queridos), as lições que ele nos ensina, a conquista diária do mundo que ele vivencia e compartilha com a gente! Ô coisa boa!

Esse convitinho que vocês estão vendo aí é artesanal e foi feito a seis mãos aqui em casa: as do Théo, as minhas e as da prima Susu. A idéia veio do talento do pequeno. Théo adora desenhar e todos os dias nos divertimos fazendo uns rabiscos. Houve uma época em que ele esteve a-pai-xo-na-do por peixes e sempre nos pedia pra desenhar um. Aí fui percebendo que, de maneira surpreendente, eles começou a reproduzir aquele formato e foi criando peixes tão perfeitos que um dia veio o insigth de aproveitar os próprios rabiscos do Théo para adornar o seu convite! E então a Sibelle se encarregou de desenhar o fundo do mar no computador, imprimimos, recortamos e montamos tudo.A arte final (!), ou seja, os olhinhos dos peixes foram feitos por mim e os manuscritos tamabém! Quando vi o resultado me apaixonei e a reação foi compartilhada por muitos amigos também, para nossa sorte (se não ia ficar parecendo coisa de mãe babona...)


O resultado final está aqui, pra ficar registrado no nosso diário de bordo digital!


Agora é só esperar segunda-feira, o dia em que a família começa a aterrisar, pra dar início à semana de comemorações e esperar o sábado de aleluia chegar, pra celebraros dois aninhos do nosso menino-deus!




4 de abr. de 2011

Théo, 2 anos

O último final de semana foi celebrado aqui em casa com muita alegria! Muita emoção pelo  aniversário de dois anos do Théo. É impossível a gente não se lembrar daquela doce madrugada que nos trouxe o Théo de presente... Ele nasceu em casa e foi acolhido por mim, pelo Glauber, pela tia Gleise e pelas duas avós... Fiquei me lembrando daquele bebezinho de cabeça cônica que veio pro meu colo assim que se livrou das circulares de cordão que o envolviam. Se aconchegou junto ao meu peito e deu seu primeiro chorinho, liberando a vida que estava contida ali! Depois foi pro colo do papai, que chorava copiosamente de emoção ao recepcionar seu filho nos braços. Me lembrei de cada fase especial da vida do meu filho: o Théo aprendendo a sentar, a engatinhar, ganhando o mundo com seus primeiros passinhos, se lambuzando com a comida, aprendendo a falar, falando uma frase inteira, falando coisas engraçadas... Me lembrei também dos momentos dificeis, das noites sem sono, do cansaço, do medo de não poder fazer o melhor por ele...Ai, quanta vida esses dois anos me acrescentaram! Quantos encontros comigo mesma meu filho me proporcionou, no meio de uma enxurrada de emoções e de novidades que a maternidade me ofereceu. Quanto orgulho, quanto amor, quanto carinho eu vi o Glauber receber do Théo nesse tempo. Quão melhor eu me sinto com as lições aprendidas com esse pequeno ser humano, pleno, feliz, pulsante, amoroso! Esse é o Théo, nosso menino-Deus, que comemorou dois anos no dia 2 de abril, que enche a nossa casa de alegria e ilumina nossos dias com seu sorriso colorido.

Abaixo, umas fotos do piquenique que fizemos com os amiguinhos do Théo no Parque Lage, para comemorar esse dia bom!
 Théo cantando

 Brincando

 Correndo

 Dupla de violeiros

 Tripla sertaneja

 olhando a lua

agora o livro de girafa

 ganhando uma flor, de outra flor

 cantando parabéns

 com o papai

 correndo com a turminha

21 de fev. de 2011

Como fazer um milionário

Dia desses, o Théo e eu jogávamos futebol no corredor, nosso campinho no apartamento.
Ele tentava chutar a bola "de primeira". Acertou a primeira e errou as seguintes. Daí, não teve dúvida. Virou pra mim e disse: "ensina o Théo, papai".

Eu me sentei e começamos um longo treinamento de chutes. Veja o resultado.
A concentração dele é impressionante. Desde então, ele sempre me pede para repetir o "treinamento".
Eu me delicio e ele se diverte.
Agora é só esperar o primeiro contrato para comemorar.


14 de fev. de 2011

Frases de (Muito!) efeito II



Ainda da série frases de efeito: com o calor carioca estamos começando a flertar com o desfralde, especialmente porque o Théo já demonstra incômodo com o calor. Sempre que ele chega em casa começamos a tirar a roupa e ele diz: mamãe, tira a foda (fralda).

Théo é apaoxonado por motos, para desespero da mamãe. Aliás, moto (que para ele à época era 'bapo') foi uma das primeiras palavras que ele aprendeu a falar. Atualmente, sempre que saímos na rua, ele começa a observar as motos e fala: ó o pacacete (capacete)!

Outro dia em estava me arrumando no banheiro enquanto o Théo terminava seu banho de balde. Passei a maquiagem e peguei o spray de cabelo. Dei a primeira borrifada e o pequeno me alertou: é no suvaco, mamãe. o papai passa no suvaco.

Ainda na série banho: eu, saí do banho e estava penteando o cabelo. O Théo ao meu lado, me fazendo companhia. Assim que eu guardei o pente ele sentenciou: agola o queme (creme).

10 de fev. de 2011

Frases de efeito!

Faz muito tempo que eu não passo por aqui. É que, com a independência do meu filho, que está com incríveis 1 ano e 10 meses tenho dividido meu tempo entre ‘maternar’ e outras atividades igualmente edificantes, como, por exemplo: trabalho. Ou melhor, trabalho intelectual (pera aí, maternar também requer um trabalho intelectual colossal). Trabalho de consultoria na área de conservação, precisamente. Aquilo para o que eu me preparei tanto tempo para fazer e o que fiz tanto antes do Théo nascer. 

Desde que o Théo nasceu eu decidi (ou melhor, as circunstâncias decidiram por mim) tirar um período sabático e dedicar-me inteiramente, de corpo e alma, à maternidade. O nosso endereço familiar mudou-se de Perdizes, em São Paulo para o Bairro Peixoto, no Rio e eu deixei meu trabalho adorado na Fundação SOS Mata Atlântica. Foi uma licença maternidade bem comprida, mas que me permitiu dedicação quase que absoluta a um grande projeto: criar um filho.
Fiquei aqui em casa me adaptando às mudanças na minha vida, no meu cotidiano, no meu corpo, na minha cabeça... Entrei em parafuso um milhão de vezes, fiquei exausta, me perguntei muitas vezes porque eu havia embarcado nessa loucura (sim, é quase um ato insano!) de ser mãe... Mas também lambi muito (literalmente, inclusive) a minha cria, amamentei de maneira plena e em livre-demanda por um tempão (e ainda amamento), cuidei da alimentação do Théo com muito esmero e carinho, amparei o pequeno nos momentos de angústia que os picos de crescimento do bebê proporcionam, acolhi a chegada dos seus dentes, fui testemunha ocular do primeiro passinho, do primeiro tombinho, da primeira palavra... aliás, tomei nota do vocabulário do Théo até a septagésima palavra pronunciada. Depois parei, porque percebi que ele já era praticamente fluente na língua portuguesa. Enfim, vivi momentos especiais, de plenitude com o meu pequeno. Puro luxo.

Agora estamos vivendo um momento muito diferente da nossa relação. O Théo ainda é apenas um bebê (tecnicamente será promovido à criança quando fizer dois anos, dentro de dois meses!), mas mesmo com todas as peculiaridades da sua idade, ele demonstra uma sutileza e inteligência para compreender as ‘coisas’ do mundo que me comove.

Passado esse enorme preâmbulo, a razão que me levou a postar esse texto é que eu queria inaugurar uma seção nova para esse blog, para compartilhar as pérolas proferidas diariamente pelo pequeno. Sim, porque agora que ele é fluente e pegou gosto pela arte de falar, o Théo manda cada uma que a gente não agüenta. E como existem vovôs, vovós, tios e tias (postiços e verdadeiros), primos e amigos queridos que acompanham com a gente o desenvolvimento do Théo pelo blog, divido aqui com vocês as pérolas do Théo.

Frases de (muito) efeito:

1. Enquanto eu escrevia esse post, Théo brincava com o vovô na sala. O vovô engrossando a voz chamou o Théo e disse a ele: Vai lá falar grosso para a mamãe. Théo chegou aqui do meu ladinho e disse: - gosso!

2. Outro dia, eu estava tomando café da manhã com o Théo, e eu estava comendo um pedaço de torrada. Ele me pediu pão e eu dei um pedaço a ele. O pequeno contestou: “Não, esse não mamãe. O oto”. Aí eu disse: Filho, isso não é pão, é torrada. Théo imediatamente virou pra mim e disse: “Eu quero porrada, mamãe!”

3. Eu, no banheiro, preparando o banho do Théo. Ele, pelado, se posicionou em frente a porta do banheiro e me advertiu: “Vou corrê, pestenção, mamãe!”

4. Théo na sala com o papai, televisão ligada no jogo do SP e Botafogo. No 2o. gol do Botafogo ele viu o Rogério Ceni cair no chão e disse: "Opa, o moço caiu. Fez dodói". No replay, concluiu: "o moço caiu de novo. Fez outro dodói!". E o pai, besta, ficou rindo.

15 de dez. de 2010

Theobaldo e Coralina

Outro dia uma amiga muito querida do Théo veio passar uns dias aqui em casa, a Carolina. Carol é filha do Beto e da Cris. O Beto é amigo do Glauber desde antes de nascer. Explico: os pais do Beto (Jairo e Lilian) são amigos dos pais do Glauber, meus sogros (Alice e Jonas), há uns bons pares de ano. Quando Lilian e Jairo foram morar em Votorantim o Beto não tinha nem nascido...  E desde a infância, o Glauber; pai do Théo, e o Beto; pai da Carol, são amigos.

Eu conheci o Beto e a Cris quando ainda namorava o Glauber. Por coincidência, a Cris, assim como eu, é bióloga, e a empatia foi imediata. Beto e Cris se casaram cinco meses antes da gente e a Carol, filha deles, nasceu dois meses antes do Théo. Conhecemos a Carol quando ela tinha dias. OThéo ainda na barriga, perguntava pra ela (por telepatia, é claro - rs), como era o mundo aqui fora.

Quando o Theozão tinha 14 dias os dois foram apresentados e, inspirado pela emoção de ver nascer a terceira geração de amizade entre a família Piva Gonçalves e Honório Corrêa, o Glauber publicou um poeminha bonitinho aqui no blog.

Os pequenos se esbarraram várias outras vezes. Sempre que vamos a Sorocaba a gente dá um jeitinho de encontrar a família Corrêa. E no mês passado, a Cris resolveu vir passar uns dias com a Carol aqui em casa. Pra nossa surpresa, Théo e Carol demonstraram que sabem o valor de uma amizade que já dura décadas... A empatia entre os pequenos foi imediata! Já saíram de mãos dadas em direção à pracinha e depois, desfrutaram dias intensos na praia, na Lagoa Rodrigo de Freitas e no quarto do Théo. Explico: uma tarde estávamos na sala tomando um lanchinho e quando nos demos conta, as crianças estavam no quarto do Théo sozinhas, brincando à meia luz e dando gargalhadas incríveis. Foi uma das cenas mais lindas protagonizadas pelo meu filho!

Esse post está bem atrasado, é verdade... Mas todo mundo sabe que final de ano é aquela correria. E o mais importante é que eu não queria deixar de registrar o lindo resultado produzido por esse encontro gostoso entre o Théo e a Carol. É uma forma de agradecer à Cris pela visita e de compartilhar com a família toda, desde os vovôs até os titios dessas crianças, um pouquinho do carinho que celebramos aqui entre elas!

Aqui vai!




















5 de nov. de 2010

Fim de semana em Sorocaba

No final de semana passado fomos para Sorocaba, na casa da vovó Alice. Além do conforto da casa da vovó, da comidinha gostosa, do carinho da bisa, do vovô, dos tios e do primo, o Théo também teve um encontro delicioso com vários animais que ele adora (o encontro foi no Apiário Vovô Pedro, em Araçoiaba - http://www.apiariomoradadosol.com.br)! O pequeno ficou fascinado com tudo o que viu. O resultado tá aí: