15 de out. de 2010

Historinha sobre uma viagem

Há alguns meses eu e Glauber resolvemos viajar de férias, sem o Théo. No começo eu fiquei em dúvida em relação a viajar com ou sem o Théo, mas depois achei que seria ótimo tirar uns dias de descanso e de namoro com o Glauber... E também ficava imaginando como seria ficar alguns dias longe do Théo, sem cumprir aquele ritual materno diário e sem receber o olhar pro colorido do meu filho, sorrindo pra mim.

Quando a data da viagem se aproximou, me pus a conversar com o Théo sobre a nossa separação temporária, disse que estava tranqüila e segura de que ele ficaria bem, que ele poderia ficar em paz que eu também estaria. Como o Théo ainda mama no peito, fiz um trato com ele. Eu disse que ele ficaria sem mamar aqueles dias, e que quando eu voltasse, se ele não quisesse mais, ele não precisaria mamar, mas, se acaso ele quisesse, o meu peito estaria à disposição dele, tão logo ele me pedisse.

No dia da viagem eu dei uma longa mamada para o Théo, me despedi do meu filho confiante de que ele ficaria bem, enfaixei os peitos (por recomendação médica), peguei nas mãos do meu Glauber e fomos embora. O Théo ficou com a vovó e a prima em casa. No dia seguinte, aterrisados na nossa cidade de destino, telefonamos para a casa e soubemos que o Théo havia passado a noite super bem. 

A cada telefonema, mais uma razão pra eu me sentir orgulhosa pela generosidade do meu filho: ele sabia o quanto aquelas férias nos fariam bem e ficou numa boa, em paz, tranqüilo, seguro. Ele se sabia amado por nós dois, se sentia acolhido por aquelas que ficaram com eles e no fundo sinto que ele começou a nos mostrar que sabe se virar bem no mundo... Quando sentia saudades da mamãe e do papai, era amparado pelas nossas fotos nos porta-retratos, que ele mesmo pegava e beijava. No dia em que sentiu falta do peito para dormir, trocou o leite por chá de hortelã, se aninhou nos braços da prima e dormiu. Ao acordar era recepcionado pelo calor e pelo sorriso da vovó e assim começava os dias, com alegria.

Ao voltar pra casa, com o coração tranqüilo e o corpo descansado, recebi meu filho nos braços. Ele tinha acabado de acordar. Veio no meu colo e pediu: mamá. E eu dei. Além do compromisso que eu assumi com ele, nada mais justo do que retribuir a sua generosidade com um pouquinho do melhor que eu posso oferecer para ele: carinho, colo e um leite morninho (cheio de saúde) pra aplacar a saudade.

 selinho gostoso

 foto do que poderia ter sido a última mamada do Théo... rs

pausa para uma foto e um beijinho, em frente ao Teatro Colón, em Buenos Aires

 no Jardim Botânico, pausa para um descanso, um afago e alguns minutos de conversa a respeito da saudade do filho...

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